sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Democracia racial


No Brasil, a história de seus conflitos e problemas envolveu bem mais do que a formação de classes sociais distintas por sua condição material. Nas origens da sociedade colonial, o nosso país ficou marcado pela questão do racismo e, especificamente, pela exclusão dos negros. Mais que uma simples herança de nosso passado essa problemática racial toca o nosso dia-a-dia de diferentes formas.

Em nossa cultura poderíamos enumerar o vasto número de piadas e termos que mostram como a distinção racial é algo corrente em nosso cotidiano. Quando alguém auto-define que sua pele é negra, muitos se sentem deslocados. Parece ter sido dito algum tipo de termo extremista. Talvez, chegamos a pensar que alguém só é negro quando tem pele “muito escura”. Com certeza, esse tipo de estranhamento e pensamento não é misteriosamente inexplicável. O desconforto, na verdade, denuncia nossa indefinição mediante a idéia da diversidade racial.

É bem verdade que o conceito de raça em si é inconsistente, já que do ponto de vista científico nenhum indivíduo da mesma espécie possui características biológicas (ou psicológicas) singulares. Porém, o saber racional nem sempre controla nossos valores e práticas culturais. A fenotipia do indivíduo acaba formando uma série de distinções que surgem no movimento de experiências históricas que se configuraram ao longo dos anos. Seja no Brasil ou em qualquer sociedade, os valores da nossa cultura não reproduzem integralmente as idéias da nossa ciência.

Dessa maneira, é no passado onde podemos levantar as questões sobre como o brasileiro lida com a questão racial. A escravidão africana instituída em solo brasileiro, mesmo sendo justificada por preceitos de ordem religiosa, perpetuou uma idéia corrente onde as tarefas braçais e subalternas são de responsabilidade dos negros. O branco, europeu e civilizado, tinha como papel, no ambiente colonial, liderar e conduzir as ações a serem desenvolvidas. Em outras palavras, uns (brancos) nasceram para o mando, e outros (negros) para a obediência.

No entanto, também devemos levar em consideração que o nosso racismo veio acompanhado de seu contraditório: a miscigenação. Colocada por uns como uma estratégia de ocupação, a miscigenação questiona se realmente somos ou não pertencentes a uma cultura racista. Para outros, o mestiço definitivamente comprova que o enlace sexual entre os diferentes atesta que nosso país não é racista. Surge então o mito da chamada democracia racial.

Sistematizado na obra “Casa Grande & Senzala”, de Gilberto Freyre, o conceito de democracia racial coloca a escravidão para fora da simples ótica da dominação. A condição do escravo, nessa obra, é historicamente articulada com relatos e dados onde os escravos vivem situações diferentes do trabalho compulsório nas casas e lavouras. De fato, muitos escravos viveram situações em que desfrutavam de certo conforto material ou ocupavam posições de confiança e prestígio na hierarquia da sociedade colonial. Os próprios documentos utilizados na obra de Freyre apontam essa tendência.

Porém, a miscigenação não exclui os preconceitos. Nossa última constituição coloca a discriminação racial como um crime inafiançável. Entre nossas discussões proferimos, ao mesmo tempo, horror ao racismo e admitimos publicamente que o Brasil é um país racista. Tal contradição indica que nosso racismo é velado e, nem por isso, pulsante. Queremos ter um discurso sobre o negro, mas não vemos a urgência de algum tipo de mobilização a favor da resolução desse problema.

Ultimamente, os sistemas de cotas e a criação de um ministério voltado para essa única questão demonstram o tamanho do nosso problema. Ainda aceitamos distinguir o negro do moreno, em uma aquarela de tons onde o último ocupa uma situação melhor que a do primeiro. Desta maneira, criamos a estranha situação onde “todos os outros podem ser racistas, menos eu... é claro!”. Isso nos indica que o alcance da democracia é um assunto tão difícil e complexo como a nossa relação com o negro no Brasil.

Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Relatório da oficina do SPAECE










No dia 25 de setembro de 2009, no horário de 13:00 às 17:00 aconteceu na Escola de Ensino Fundamental Filomeno Freitas Vasconcelos ( Tucuns ) a oficina do SPAECE com o objetivo de consolidar o diagnóstico do desempenho dos alunos no SPAECE 2008 para a elevação dos indicadores educacionais em nossa escola.

A oficina teve início com a palavra da diretora que falou da relevância do nosso encontro e de se aproveitar o momento de estudo, repensando nossa prática para a melhoria dos índices do SPAECE nesse ano. Em seguida os professores definiram com uma palavra o que seria “avaliação em larga escala” e coletivamente foi construído o mural. Após a definição, os grupos foram formados para discutirem sobre os questionamentos propostos.

  • Quais as características da avaliação em larga escala?

  • O que é SPAECE e o que e quem avalia?

  • Você acha que os resultados dessa avaliação podem ser usados para a melhoria da educação em nossa escola?

  • O que norteia a elaboração dos itens que compõem os testes?

  • Com base nos descritores, como é que podemos avaliar o desenvolvimento das habilidades e competências dos alunos?

Os professores socializaram suas respostas de forma condizente com os boletins pedagógicos, o que mostra que estes já conhecem e estão explorando os resultados apresentados visando a elevação dos níveis de proficiência.

Para reforçar o que estava sendo abordado trabalhamos com slides mostrando os pontos chaves do assunto, bem como os níveis de proficiência que a escola atingiu em 2008 por série e os descritores que os alunos tiveram maiores dificuldades.

Os níveis de proficiência em 2008 foram: 9º Ano – 222,3 em LP e 234,8 em MT; 5° Ano – 170,2 em LP e 178, 4 em MT, estando na posição de “crítico” e sempre um pouco abaixo do nível do município, embora, traçando um comparativo com 2006, percebe-se que a escola está evoluindo, mesmo que lentamente.

Nas turmas de 5º Ano temos a seguinte situação:

LÍNGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA

13% - MUITO CRÍTICO 22,2% - MUITO CRÍTICO

40,7% - CRÍTICO 61,1% - CRÍTICO

37% - INTERMEDIÁRIO 7,4% - INTERMEDIÁRIO

9,3% - ADEQUADO 9,3% - ADEQUADO


Descritores com maiores deficiências – 5° ANO


MATEMÁTICA – Média de acertos foi de 44%


  • D15 – Resolver problema utilizando adição ou subtração com números racionais representados na forma fracionária ( mesmo denominador ou denominadores diferentes) ou na forma decimal – 70% de erro

  • D63 – Resolver problemas utilizando a escrita decimal de cédulas e moedas do sistema monetário brasileiro – 67,5% de erro

  • D5 – Resolver situação- problema que envolva a operação de multiplicação e divisão ou divisão com números naturais – 63% de erro

  • D3 – utilizar procedimentos de cálculo para obtenção de resultados na resolução de multiplicação e/ou divisão envolvendo números naturais – 61,5% de erro

  • D9 – Resolver situação- problema que envolva cálculos simples de porcentagem ( 25%, 50% e 100%) - 61% de erro

  • D59 – Resolver problema utilizando medidas padronizadas como: km/m/cm/mm, kg/g/mg, L/mL – 60,5% de erro

  • D62 – Estabelecer relações entre dia e semana, hora e dia, dia e mês, mês e ano, horas e minuto, minuto e segundo, em situação-problema – 60,5% de erro.



PORTUGUÊS - Média de acertos foi de 47,5%



  • D23 – Identificar os níveis de linguagem e/ou as marcas lingüísticas que evidenciam locutor e interlocutor – 71,5% de erro

  • D3 – Inferir o sentido de palavra ou expressão – 60% de erro

  • D20 – Identificar o efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e de outras notações – 60,5% de erro

  • D6 – Distinguir fato de opinião relativo ao fato – 60% de erro

  • D2 – Inferir informação em texto verbal – 59% de erro

  • D22 – Reconhecer efeitos de humor e ironia – 58,5% de erro


Nas turmas de 9º Ano temos a seguinte situação:

LÍNGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA

29% - MUITO CRÍTICO 52,4% - MUITO CRÍTICO

33% - CRÍTICO 19% - CRÍTICO

34% - INTERMEDIÁRIO 19,1% - INTERMEDIÁRIO

4% - ADEQUADO 9,5% - ADEQUADO


Descritores que os alunos tiveram mais dificuldades – 9º ano


LÍNGUA PORTUGUESA – 56 % DE ACERTO NO GERAL



· D13 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos de um mesmo tema – 100% de erro.

· D20 – Identificar o sentido de efeito decorrente da escolha de palavras, frases ou expressões – 85% de erro.

· D17 – Reconhecer o sentido das discussões lógico-discursivas marcadas por conjunções, advérbios, etc – 28% de erro.

· D12 – Identificar semelhanças e/ou diferenças de idéias e opiniões na comparação entre textos – 62% de erro.

· D21 – Reconhecer o efeito decorrente do emprego de recursos estilísticos e morfossintáticos – 59% de erro.

· D11 – Reconhecer os elementos que compõem uma narrativa e o conflito gerador – 57% de erro.

· D23 – Identificar os níveis de linguagem e/ou as marcas lingüísticas que evidenciam locutor e/ou interlocutor – 55% de erro.


MATEMÁTICA - 48% DE ACERTO NO GERAL



· D5 – Resolver situação-problema que envolva a operação de multiplicação ou divisão com números naturais – 100% de erro.

· D48 – Identificar e classificar figuras planas: quadrado, retângulo, triangulo e circulo, destacando algumas de suas características (número de lados e tipos de ângulos) – 100% de erro.

· D50 – Resolver situação-problema aplicando o teorema de Pitágoras ou as demais relações métricas no triangulo retângulo – 92% de erro.

· D45 – Identificar a localização/movimentação de objetos em mapas, croquis e outras representações gráficas – 86% de erro.

· D52 – Identificar planificações de alguns poliedros ou corpos redondos – 86% de erro.

· D21 – Efetuar cálculos com números racionais, utilizando suas propriedades – 83% de erro.

· D25 – Resolver situação-problema que envolva equação do 1º grau – 83% de erro.

· D51 – Resolver problemas usando as propriedades dos polígonos – 73% de erro.

· D69 – Resolver problemas envolvendo noções de volume – 71% de erro.

Graças ao projeto implantado pela Secretaria de Educação do Município – Alfabetização pra VáLer – que oferece um maior acompanhamento e suporte para as turmas de 1º e 2º ano, já é perceptível o quanto está surtindo efeito, pois o município foi 3º lugar na alfabetização de crianças em 2007 ( SPAECE ALFA ) e esse ano já ficou com o 2º lugar. A Escola também vem desenvolvendo um ótimo trabalho e recebeu o prêmio “Escola Nota 10”, estando numa posição privilegiada. O nível de proficiência do município em 2008 foi 197 e a escola atingiu 216, tendo 94,7% de acertos na avaliação, com apenas 1,8% dos alunos como não-alfabetizados, 1,8% com alfabetização incompleta, 5,5% como suficiente e 90,9% dos alunos como desejável.

Os descritores que os alunos do 2º ano apresentaram mais dificuldades foram:

  • D4 – Identificar o espaçamento entre palavras na segmentação da escrita – 30,9% de erro.

  • D6 – identificar rimas – 16,4% de erro.

  • D12 – Compreender palavras no padrão consoante/padrão – 9,1% de erro.

De acordo com os dados apresentados podemos perceber a grande disparidade que há entre as turmas de 2º ano, 5º ano e 9º ano e a necessidade de se fazer um trabalho intenso, baseado nos descritores com maior índice de erros.

Os professores discutiram em grupos os resultados apresentados e escolheram itens usados para avaliar um determinado descritor onde os alunos não se saíram bem e representaram os dados de cada ano e disciplina por meio de gráficos, onde todos puderam perceber o quadro geral da escola e a necessidade de se intensificar os trabalhos em sala tendo como base o resultado apresentado nos boletins pedagógicos.





sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Lei Maria da Penha: uma conquista para a mulher

No mundo de hoje viver em harmonia entre homem e mulher é um desafio para muitos, pois muitas vezes, quando menos esperamos vemos pela televisão vários casos de violência contra mulheres. Ficamos indignados com a atitude desses homens que maltratam suas esposas por ciúme e o pior de tudo é que essas mulheres não podem reagir por medo que lhes aconteça o pior, e se vêem obrigadas a seguir nesta vida.

Em agosto de 2006 houve uma grande conquista para essas pobres coitadas com a criação da Lei Maria da Penha que combate a violência contra a mulher e que dar o direito de viverem um pouco mais aliviadas. Graças a essa lei, mulheres estão criando coragem e denunciando os agressores.
Portanto, é indispensável o diálogo entre casais para que haja um entendimento e um bom convívio entre os dois, zelando sempre pela harmonia da família sem que seja apelado para a violência doméstica. As mulheres que sofrem desse tipo de abuso precisam seguir o exemplo da Maria da Penha, aquela mulher que ficou paralítica por causa de uma agressão do seu marido, mas nem por isso deixou de lutar por seus direitos e teve a iniciativa de denunciá-lo.

Aluna: Maria Tamires Vasconcelos - 9º B

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Implantação do projeto PROERD

No dia 19 de agosto aconteceu oficialmente a abertura do projeto PROERD com uma reunião com os pais da Escola. Na ocasião estiveram presentes o secretário de Educação - Raí e a Gardênia falando também do professor da família e o policial Rodrigo que irá ministrar as aulas todas as quintas e sextas-feiras. O PROERD é um Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência que faz um policiamento preventivo entre entre crianças de 9 a 12 anos. As aulas serão ministradas durante 17 semanas por policiais militares fardados que, auxiliados por material didático específico e munidos de muito amor e carinho, ensinam as crianças a reforçar sua auto-estima, a lidar com tensões, a resisstir às más influências, a tomar decisões, a ser um cidadão pacífico, entre outras.







sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Semana do Estudante

Os professores do turno da tarde organizaram uma programação diferenciada para os alunos na semana do estudante, dentre elas tivemos:
  • vídeos educativos;
  • visita à Vila Olímpica com jogos entre os alunos no estádio;
  • gincana com atividades físicas como salto a distância e arremesso de peso com a ajuda da professora Cleide Regina;
  • concurso com escolha da rainha, danças, paródias, poesias;
  • Passeio;













terça-feira, 11 de agosto de 2009

Projeto " A paz é algo que construímos a cada dia"

A Escola de Tucuns esteve realizando no mês de junho um projeto de sala com o tema " A PAZ É ALGO QUE CONSTRUÍMOS A CADA DIA" com atividades de elaboração de cartazes, desenhos, vídeos, paródias, bancada de idéias e opiniões sobre "como melhorar a educação na escola?" com premiações para os melhores trabalhos. A realização desse projeto foi iniciativa da Prof. Adriana Cialdine nas turmas de 6º e 7º ano do turno da tarde, tendo como objetivo principal a conscientização dos alunos sobre a paz na escola.

Opiniões sobre como melhorar a Educação promovendo a paz na escola

Que todos os pais dêem conselhos a seus filhos sobre como se comportar na escola e falar de Paz.
Tainá - 6º B

Todos os professores e núcleo gestor estejam sempre conversando com os alunos e ensinando-os boas maneiras e como se comportarem.
Laís - 6º B

"Devemos viver sem violência e em PAZ com a vida."
Skarlet - 7º A

" A paz deve existir na nossa família e na Escola que é a nossa segunda casa."
Talia Souza - 6º B